Conhecido artisticamente como Leão, tendo ficado nacionalmente conhecido a partir de 1998 quando seu programa “Leão Livre” substituiu o então recordista de audiência “Ratinho Livre” na TV Record, Gilberto Barros foi condenado esta semana pela justiça de São Paulo a pena de 2 anos de prisão pela prática do crime de homofobia.
Longe da TV aberta desde de 2015, quando foi ao ar a última edição do seu “Sábado Total” pela RedeTV, Gilberto Barros mantém um canal no YouTube e foi neste espaço que, em setembro de 2020, ele fez manifestações homofóbicas.
Na ocasião, Gilberto disse que em frente do local onde estacionava seu veículo para ir trabalhar na década de 80, havia uma boate gay e, em razão disso, sempre via homens se beijando quando chegava ao trabalho. Ele acrescentou:
Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz.
Gilberto Barros
A justiça considerou que a fala preconceituosa do apresentador incentiva o ódio e a agressividade contra gays, comportamento inaceitável diante da igualdade de todos os seres humanos. Apesar da gravidade do crime, por ser réu primário, a pena de prisão foi substituída por prestação de serviços à comunidade e multa, sendo que esta poderá ser paga com cestas básicas.
Barros também já havia sido condenado pela mesmas declarações ao pagamento de R$ 32 mil reais pela Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania. No âmbito judicial, ele ainda pode recorrer.
Vale lembrar que o crime de homofobia é aquele em que induz ou incita a discriminação ou preconceito contra homossexuais ou transsexuais. A pena pode chegar a 5 anos de prisão.