Ana Maria Braga lamenta a morte de Zé Celso: “uma perda irreparável”

Leo Filho
Leo Filho

A apresentadora Ana Maria Braga começou o ‘Mais Você‘ desta quinta-feira (06/07/2023) com uma notícia triste: a morte do dramaturgo, ator e diretor, Zé Celso Martinez Correa, aos 86 anos de idade, em São Paulo. O artista estava internado no Hospital das Clínicas depois de ter sido vítima de um incêndio em seu apartamento na última terça.

Logo no início do ‘Mais Você’, Ana Maria Braga expressou ao vivo: “Com grande pesar que a gente recebeu nesta manhã (06), a notícia da morte do Zé Celso Martinez. Até hoje cedo o estado dele era considerado estável e a esperança existia né”.

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A apresentadora continuou informando a morte do dramaturgo aos seus telespectadores e chamou César Tralli para dar mais informações sobre a morte do ator.

O jornalista contou que Zé Celso faleceu após sofrer um grave incêndio em sua casa na terça-feira. O diretor teve 53% do seu corpo queimado e foi levado para a UTI do hospital das Clínicas, onde não resistiu aos ferimentos.

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Tralli acompanhou o caso desde o início e fez uma homenagem ao artista, destacando sua trajetória e seu talento. O titular do Jornal Hoje também informou que ainda não há informações sobre o velório do diretor, mas que ele voltaria com mais detalhes assim que possível.

Quem foi José Celso Martinez
Jose Ze Celso Martinez, fundador do Teatro Oficina
Zé Celso Martinez fundou o Teatro Oficina

José Celso Martinez Corrêa, mais conhecido como Zé Celso, foi um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, um artista que revolucionou a cena cultural do país com sua ousadia, criatividade e engajamento político.

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Nascido em Araraquara, em 1937, Zé Celso se formou em Direito pela USP, mas nunca exerceu a profissão. Em 1958, fundou o Teatro Oficina, uma das companhias teatrais mais longevas e influentes do Brasil, que se tornou um espaço de experimentação, resistência e inovação.

Entre suas obras mais marcantes, estão as adaptações de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, “Macunaíma”, de Mário de Andrade, e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha.

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Zé Celso também foi um dos expoentes do Tropicalismo, movimento que sacudiu o cenário artístico brasileiro no final da década de 1960, ao lado de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa.

Perseguido pela ditadura militar, foi preso e torturado pelo Dops em 1974, e depois se exilou em Portugal, onde dirigiu o documentário “O Parto”. Retornou ao Brasil em 1978 e continuou sua trajetória teatral, sempre buscando novas formas de expressão e interação com o público.

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