Navegando nas memórias das décadas de 80 e 90, quem não recorda do carismático Dengue? O homem por trás da fantasia de mosquito de seis braços, um dos ícones do programa infantil de maior sucesso do Brasil, o ‘Xou da Xuxa’, é Roberto Bettini. Ele reaparece em ‘Xuxa, o Documentário’, lançado em 13 de julho no Globoplay.
Relembrando os tempos áureos de Xuxa, Roberto relata que a rotina de trabalho era intensa. “Trabalhávamos de segunda a terça das 10h às 2h da manhã, de quinta a domingo eram shows pelo Brasil e América Latina. A Argentina foi marcada por muito trabalho, passávamos entre 20 e 25 dias gravando”, contou ele ao gshow.
Bettini traz à tona histórias inesquecíveis. Como o episódio do palco que afundou no Paraná, ou a vez que o estádio do Canindé, em São Paulo, teve as luzes apagadas por um problema técnico, e o público prosseguiu cantando à plenos pulmões. Entretanto, a história mais marcante foi quando ele foi esquecido após um show. “Às vezes acabava o show e eu ajudava a desmontar o cenário. Não sei o que aconteceu, mas quando dei por mim o ônibus tinha ido embora. Fiquei no meio do povo, lá em Assunção, no Paraguai, vestido de Dengue e ninguém mexeu comigo, porque todo mundo achou que eu fosse um fã fantasiado“, relembra ele, rindo.
Das memórias do ‘Xou da Xuxa’, Roberto mantém o contato com algumas ex-paquitas e recentemente entrou em contato com Marlene Mattos. Já com Xuxa, ele declara que não manteve contato, porém frisa que sempre teve uma ótima relação com a apresentadora. “Ela está sempre muito ocupada e eu nunca quis incomodá-la. Sei que se procurá-la, ela me atende com o maior prazer do mundo, mas prefiro permanecer à distância, torcendo pelo sucesso dela e de todos“, conta Roberto.
Ao término do ‘Xou da Xuxa’, Roberto recebeu um convite para apresentar seu próprio programa na Argentina, no entanto, o projeto não foi concretizado devido à crise econômica do país. Por outro lado, ele lançou um álbum de música no país. “Três gravadoras me procuraram e eu sem saber cantar em português, quanto mais em espanhol, optei por uma delas, e fiz o álbum, que foi um estouro“.
Atualmente com 62 anos, Bettini divide seu tempo entre Cerejeiras, em Rondônia, São Paulo e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. A decisão veio após seus filhos iniciarem suas carreiras como jogadores de futebol nestas cidades.
Casado há 26 anos com Mônica Monsores, com quem tem um neto, Roberto diz que o grande sucesso hoje é a sua família. Seu principal projeto para o futuro é aproveitar a vida ao máximo.