O ex-BBB e arquiteto Felipe Prior foi condenado na semana passada por um caso de estupro ocorrido em 2014. Na noite deste domingo (16/07) a vítima concedeu uma entrevista ao Fantástico e contou como o crime teria acontecido.
“O que posso fazer hoje é mostrar ao mundo que nenhuma mulher merece ter uma ferida como essa. Posso ajudar outras mulheres a terem coragem de se posicionar. Isso precisa parar”, contou a mulher que decidiu preservar a sua identidade.
Ela contou que o incidente ocorreu após uma festa na faculdade de Arquitetura, onde estudava junto com Prior. Eles se conheciam porque compartilhavam um esquema de carona paga, já que moravam em regiões próximas.
“Eu estava com a minha amiga. A gente bebeu, eu tinha terminado o namoro fazia uns dois, três meses. Ela também tinha terminado o namoro recentemente”.
“Na hora de ir embora, eu cruzei com o Prior. Ele: ‘Ah, eu também tô indo, você quer uma carona?’. Falei: ‘Ah, tá bom’. Essa minha amiga também morava na Zona Norte, ele deixou primeiro a minha amiga na casa dela”.
A vítima informou que no caminho para a casa, Prior parou o carro no meio da rua, soltou o cinto dela e começou a beijá-la.” […] aí ele foi pro banco de trás e me puxou, começou a tirar a minha roupa. E, à medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo”.
“Eu falei: ‘Felipe, eu não quero, não quero’. Eu comecei a tentar resistir fisicamente, e ele começou a puxar meu cabelo. Começou a me segurar pelos braços, me segurar pela cintura. Proferiu umas frases muito… Ele começou a falar pra eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era a hora de falar ‘não'”.
A vítima, então, conta que Prior a machucava e forçou a penetração mesmo com ela dizendo não repetidamente. Ele só parou quando a mulher gritou com começou a sangrar muito.
“Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação. Porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele. Ele perguntou se eu queria ir pro hospital, eu falei que não, que eu só queria ir pra minha casa”.
Chegando em casa, a vítima contou que foi direto para o banheiro tentar estancar o sangue, mas não conseguiu. “Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar. Ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou: ‘A gente vai para o hospital'”.
A jovem foi atendida por uma médica na unidade de saúde e a profissional atestou a existência de uma laceração de grau 1 – ferimento compatível com fricção de pênis ou introdução de outro instrumento na vagina.
Prior alega inocência
Em uma nota, Felipe Prior alegou inocência. “A defesa e o próprio Felipe seguem plenamente confiantes no Poder Judiciário brasileiro e, assim, na reforma de sua injusta condenação, visto que restou patentemente demonstrada a inocência de Felipe pelas provas apresentadas no bojo processual, que, lamentavelmente, vêm sendo ventiladas de forma deturpada e em desrespeito ao segredo de justiça decretado em relação à tramitação processual – fato este que, também, será objeto das providências legais pertinentes”.
A nota continua:
“Reafirmando-se a plena inocência de Felipe Antoniazzi Prior, sua defesa informa que, no momento oportuno e através de alguns veículos, Felipe se manifestará esclarecendo os fatos distorcidos e inverídicos apresentados como resposta para os demais veículos de comunicação”.