Suzana Alves foi a responsável por dar vida a Tiazinha, um dos maiores fenômenos da televisão brasileira nos anos 1990. A personagem, que surgiu no Programa H (1996-2002), da Band, conquistou milhões de fãs com seu visual sensual e misterioso. Mas o que poucos sabem é que, por trás da máscara, a atriz enfrentou um processo doloroso para se despedir de Tiazinha e se reencontrar como artista e como pessoa.
Em uma entrevista ao Fofocalizando, do SBT, nesta terça-feira (11/07), Suzana revelou detalhes de como foi sua transição após o fim do contrato com a Band. Ela contou que precisou passar por um período de luto e negação, no qual chegou a queimar algumas roupas que usava como Tiazinha. “Tive que enterrá-la pra poder nascer, saber quem eu era”, afirmou.
A atriz disse que se sentia incomodada com o fato de ser chamada pelo nome da personagem até por familiares. Ela também confessou que não se reconhecia mais no espelho e que não gostava da fama e do glamour que Tiazinha lhe trouxe. “Era como se eu estivesse em coma, como se ninguém mais soubesse meu nome, e eu sempre achei meu nome tão lindo”, desabafou.
Para se afastar dos holofotes e buscar sua identidade, Suzana decidiu morar fora do Brasil por um tempo. Ela passou uma temporada nos Estados Unidos e no Canadá, onde tentou voltar a ser anônima. “No começo, eu queria voltar a ser anônima. Isso se tornou meu foco […] minha vontade era sumir. Eu estava entrando em uma depressão”.
Hoje, aos 44 anos, Suzana guarda em um baú alguns objetos que usava como Tiazinha, como a máscara e o chicote. Ela disse que não teve coragem de queimar a máscara: “Ainda bem que eu não fui tão rebelde assim”. Ela também afirmou que jamais negou personagem e reconhece que ‘Tiazinha’ lhe abriu portas e lhe deu fama. Atualmente Suzana é convertida ao protestantismo e diz que enxerga a vida de uma outra forma.