Com o lançamento do documentário da Xuxa ao Globoplay, muitos têm a oportunidade de recordar os momentos icônicos da TV brasileira e descobrir os segredos dos bastidores. Um desses momentos é o último episódio do ‘Xou da Xuxa’, exibido em 31 de dezembro de 1992, um programa que marcou uma geração e deixou saudades em muitos corações. Patricia Marx, que performou musicalmente ao lado de Simony, Andréa Veiga e Angel naquele episódio final, resolveu compartilhar uma história curiosa.
A verdade por trás das câmeras
31 anos depois da última transmissão do ‘Xou da Xuxa’, Patricia Marx decidiu que era hora de abrir o jogo sobre os bastidores. A cantora usou seu perfil no Instagram para falar sobre uma instrução específica que recebeu de Marlene Mattos, a diretora do programa, momentos antes das câmeras começarem a rodar.
“Antes da gravação, a Marlene Mattos falou para todo mundo chorar“, revelou Patricia, um tanto quanto surpresa com a revelação. “E como vocês podem ver, eu não consegui. Estava achando tudo aquilo muito bizarro“, adicionou, compartilhando o trecho do episódio que um amigo lhe enviou.
O impacto de viver os bastidores
Mesmo com o documentário em exibição, Patricia Marx escolheu não assisti-lo. “Porque eu vivi tudo isso de perto. Mas nunca menti“, expressou a cantora, hoje com 49 anos de idade, na publicação.
Patricia Marx, que fez sucesso nos anos 80 como integrante do grupo infantil ‘Trem da Alegria’ e posteriormente seguiu carreira solo, já compartilhou em uma entrevista à revista ‘Veja’ que sofreu abuso e agressões enquanto trabalhava como cantora mirim.
“No meu mundo de criança, tudo era mágico e suportável, mesmo com o cansaço e a exploração. O jogo de manipulação era real: uma empresária nos controlava por trás do palco, puxando-nos por meio de um cordão para nos beliscar quando saíamos da coreografia. Depois do Trem da Alegria, já na minha carreira-solo, a coisa piorou. Aos 13 anos, eu sofria abusos ferozes“, contou a cantora.
Patricia também relatou situações de assédio na adolescência: “Ouvi coisas tenebrosas e fui assediada sexualmente muitas vezes por produtores, cantores, artistas, diretores de gravadora… Tive nojo de mim. Isso me bloqueou. Anos depois, a ressaca viria na forma de uma depressão profunda.”