Nesta terça-feira (07/11) o jornalismo brasileiro perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas. O jornalista João Leite Neto faleceu aos 80 anos, deixando um legado que abrangeu a atuação nas três principais emissoras do país: Globo, SBT e Record.
Natural de Itaporanga, interior de São Paulo, Leite Neto iniciou sua carreira jornalística aos 17 anos no veículo impresso Última Hora. No entanto, sua trajetória na televisão teve início em 1970, quando se juntou à equipe da Globo. Ele desempenhou um papel fundamental ao se tornar o primeiro repórter especial de São Paulo no Jornal Nacional, permanecendo nessa posição até 1979.
Em 1997, João Leite Neto assumiu a apresentação do programa “Cidade Alerta” na Record, consolidando-se como uma das vozes mais reconhecidas do jornalismo investigativo brasileiro. No ano seguinte, ele deixou a atração para se candidatar ao Senado, embora não tenha obtido êxito nas eleições.
O jornalista retornou à televisão em 2008 para uma segunda fase do “Aqui Agora,” que foi exibido entre 1991 e 1997 e novamente em 2008, no SBT. Seu compromisso com a comunicação o levou a novos horizontes, e desde 2021, ele apresentava o “Milk News,” um programa de notícias disponível no YouTube, mantendo-se atualizado e conectado com seu público.
João Leite Neto deixa sua mulher, Valéria do Amaral, e quatro filhos, além de um legado que influenciou e inspirou gerações de jornalistas no Brasil.
A morte de João Leite Neto também repercutiu nas redes sociais e nos programas de televisão. O apresentador Ratinho expressou sua tristeza no Instagram, homenageando o amigo e colega:
“Hoje nos despedimos de você, mas suas memórias e alegria sempre viverão em nossos corações. Sua partida deixou um vazio que nunca poderá ser preenchido, e sentiremos sua falta todos os dias. Você era uma luz brilhante em nossas vidas, e sua bondade e generosidade nunca serão esquecidas.”
Renato Lombardi, amigo pessoal de João Leite Neto desde os tempos em que o jornalista apresentou o “Cidade Alerta,” lamentou sua morte durante o programa “Balanço Geral” da Record, classificando-a como uma “perda muito triste.”