Antonio Fagundes, que não está mais vinculado à Globo desde 2021 após 44 anos de contrato, compartilhou detalhes sobre uma condição que impôs à emissora durante sua longa trajetória. Ao participar do podcast Embrulha sem Roteiro, o ator de 75 anos mencionou que a prioridade de sua carreira sempre foi o teatro, o que influenciou suas decisões na televisão.
Fagundes contou: "Quando entrei na televisão, eu já vinha do teatro. A minha condição para fazer TV era que eu gravasse na folga do teatro." Ele ressaltou que nunca gravou em dias fora das segundas, terças ou quartas durante seu tempo na Globo. Ele também comentou que sua intenção inicial ao trabalhar na TV era ajudar a promover o teatro, tendo em vista a vasta população do Brasil. Para ele, a televisão era uma maneira eficaz de alcançar um público muito maior.
Ele explicou: "Na verdade, eu tinha ido fazer TV para ajudar a promover o teatro." Fagundes indicou que, ao aceitar fazer televisão, a condição era não interromper seus espetáculos, o que possibilitou que o público conhecesse seu trabalho nas artes cênicas. O ator não atua em novelas desde 2019, quando participou de Bom Sucesso.
Atualmente, enquanto não retorna à Globo — que tentou, sem sucesso, contar com ele para os remakes de Pantanal e Renascer —, Fagundes continua a equilibrar teatro com outras plataformas. Em 2022, foi parte da série Independências, na TV Cultura.
Ele está agora envolvido nas gravações de Praia dos Ossos, uma produção da Max que marca sua estreia no streaming. A série também contará com nomes como Marjorie Estiano e Thiago Lacerda no elenco. A trama aborda o assassinato da socialite Ângela Diniz pelo seu companheiro Doca Street, um caso que gerou ampla repercussão nas décadas de 1970 e promoveu discussões sobre feminicídio.
Na série, Fagundes interpreta Evandro Lins e Silva, advogado criminalista e ex-ministro do STF que defendeu Doca Street.